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domingo, 13 de maio de 2012

Entrevista com a banda Mombojó


Passagem de som. 17h00min
    Hoje, dia 13 de Maio, dia das mães. Nesta data, comemorar-se-á também o aniversário do Centro Cultural BNB Cariri. Que como de costume sempre reverte o processo dando de presente ao público um ótimo show. Desta vez não foi diferente e o Centro cultural trás a banda Recifense Mombojó que fará logo mais um show no largo da RFFSA em Crato-Ce. Antes da passagem de som, o vocalista da banda, Felipe S. concedeu uma entrevista exclusiva ao blog Sucodegalinha. Confira:



Crato-ce, 13 de Maio 16h30min p.m.

Depois que a banda mudou-se para o sudeste, o que mudou em relação à época em que banda vivia em Recife?
Primeiro que a gente ficou morando mais perto um do outro, a cidade aumentou mas as distâncias diminuiram. É engraçado porque quando eu morava em Olinda no começo da banda, Chiquinho morava em Barra de jangada que fica depois de Recife. Então era uma força de vontade muito grande pra gente conseguir realizar um ensaio, mas passados 10 anos, procuramos todos a mesma área e cada um mora em sua casa mas temos um ponto de apoio perto de todo mundo onde ensaiamos, e isso nos ajudou bastante aumentando inclusive a nossa produtividade.

Desde o início vocês tiveram apoio de outras bandas de Recife?
Desde o começo a gente tem um apoio legal das bandas de lá, o nosso primeiro disco foi gravado através de um edital de incentivo à cultura e Fred 04 estava na comissão que escolhia as bandas, o primeiro show que a gente fez foi em um festival encabeçado pela Nação e o Devotos, um festival chamado “Acorda Povo” muito bacana que acontecia uma vez por mês em uma periferia. O pessoal ia antes e fazia oficinas, convidava uma banda local pra participar e a gente teve a sorte de estreiar nesse projeto em 2001.

O disco “Amigo do tempo” reflete qual momento da banda, visto que o disco tem um clima bem pessoal e nostálgico?

Ele reflete um momento assim, que a gente teve que ser muito paciente, a gente queria executar as coisas com mais agilidade e depois acabou vendo que tem um lado bom também de você demorar mais, acaba tendo um tempo maior de revisão do som, dá pra ouvir melhor e perceber melhor as coisas. Foi um disco também de transformação. A banda mudou pra caramba!

Como foi tocar com Odair José?

Foi muito boa a experiência, ele é um gentleman, super educado e de um trato muito bom com as pessoas. Foi muito bom também por que a gente tava assim, meio pisando em ovos sem saber se ele iria gostar dos arranjos que a gente fez pras músicas dele e ele acabou gostando, e acaba sendo um aprendizado bom vendo um cara que começou a fazer as coisas na música numa época em que tudo era muito diferente. Ele falou que tinha uma coisa de cantar meio gritando no começo por que ele não tinha retorno, então ele gritava pra poder se ouvir. (Risos) Hoje em dia tem fone de ouvido, caixa, essas coisas. Então é sempre um aprendizado muito bom sabe?

O que o público pode esperar de novidade ainda pra esse ano?

Esse ano a gente vai lançar um disco que foi gravado ano passado. Um disco comemorativo dos 10 anos da banda. A gente quis regravar algumas músicas antigas e vai ter também a Nação Zumbi fazendo uma música do Mombojó e um música inédita.

Indique agora uma banda nova que você aposta.

Pô tem uma banda nova de Recife que eu e Marcelo, o guitarrista do Mombojó produzimos, a banda se chama A Banda de Joseph tourton que eles lançaram um CD de 2010 pra 2011, eu acho, e tão na batalha fazendo um som instrumental. Eles tão fazendo um som aí, um rock sabe? Que é meio difícil de rotular, mas é muito bom e é interessante pra quem é fã de música e é curioso. É isso aí!

Aproveitando o gancho dos rótulos, hoje em dia colocam muita gente dentro de um mesmo grupo, Karina Burh, Jeneci, Criolo, Mombojó e a crítica está chamando essa geração de nova MPB, como você encara isso?

Eu acho positivo. As coisas naturalmente se renovam e a boa música está tendo o seu espaço, tire por Karina, Jeneci, Criolo, Tulipa, Lucas Santtana, isso é uma prova de que a boa música tá tendo o seu espaço e a gente tá querendo estar nesse time é claro. (Risos)

Texto e entrevista: Alexandre Macêdo


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