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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A Balada do Amor e do Ódio (2010)


O ambiente é único! Uma atmosfera quase em preto e branco, mas manchada do vermelho sanguinolento quase sempre presente.
O título do filme traduzido para o português foi bastante adequado, pois se encaixa com a nítida ruptura do filme que o divide. Algo que chega a lembrar o dualismo presente em “Durval discos” do cinema nacional.

Na sua primeira parte tive a uma sensação que a muito não sentia. Assistir a uma história de amor como as dos filmes que eu assistia na minha infância no cinema em casa. O amor do frágil moço que almeja a bela mulher do valentão! Piegas? É o caralho. Prefiro chamar de nostalgia plena. Tudo isso costurado numa estética de edição que lembra o ritmo dos filmes de Guy Ritchie, mas pra quê comparações? Estamos falando de Alex de La Iglesia! Vide “O Dia da Besta” e pronto. Mas na “Balada do amor e do ódio” podemos enxergar muita gente. Tarantino, Scorcese, Guilhermo Del Toro... enfim, isso é sinal de que você tem (boas) referências.

Mas voltando pro filme, seu enredo envolvendo grupos (gangue), lanchonetes, brigas, amores quase impossíveis, e um humor fino posicionado estrategicamente criam um quase clima adolescente que conquista os corações mais saudosistas. O início do filme até me causou uma certa desconfiança de que o mesmo seguiria aquela lógica política de “filme sério” mas isso não durou muito além dos estilosos créditos iniciais.

Em se tratando de ‘década de 70’ os personagens mais parecem terroristas vermelhinhos saídos de algum filme sobre ditadura no Brasil. E por falar em personagens, o triunvirato que protagoniza o filme dá um show de interpretação. (Louros para o palhaço triste).

Como havia dito antes, há uma ruptura no andamento do filme, ele passa do supracitado romance estilizado e adentra no ambiente da loucura extrema, do desvario e ultrapassa todas as barreiras do “bom senso” que pode chegar a incomodar quem não estiver previamente preparado para ver o filme! Cheio de inverossimilhanças o filme se torna uma verdadeira alegoria do absurdo. Também ganha ponto por usar imagens e fatos reais associados a acontecimentos da trama. (Por favor, não associem a O homem que matou Getúlio Vargas de Jô Soares rs)

Enfim, eu não vou dar nota ao filme, assistam e tirem suas próprias conclusões.


Balada do Amor e do Ódio (2010)
SINOPSE
Espanha, durante a Guerra Civil. Recrutado à força pela milícia, o Palhaço Branco mata com uma foice os soldados do exército nacional. Anos depois seu filho, Javier (Carlos Areces), resolve trabalhar como o Palhaço Triste em um circo. Lá ele conhece Sergio (Antonio de la Torre), outro palhaço, com quem irá disputar o amor da mais bela mulher do circo.

DADOS DO ARQUIVO
Diretor: Álex de la Iglesia
Áudio: Espanhol
Legendas: Pt/BR (separadas)
Duração: 105 minutos
Qualidade DVDRip
Tamanho: 791 MB
Formato: AVI
Servidor: Megaupload (quatro partes)

 Créditos para: Laranja Psicodélica Filmes

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